sexta-feira, 24 de julho de 2009

Curiosidades

Se alguém me perguntar. Agora saberei responder!!!

A parte do leão

Chegou a hora de acertar contas com a Receita Federal:
lá vem a mordida do "leão" do imposto de renda! A "parte do Leão" remonta a uma fábula antiquissima, presente nas obras dos gregos Esopo e Platão (respectivamente, séculos VI e V a.C.) e reinventada por La Fontaine no século XVII. Na versão do francês, um leão convida outros três aninais para caçar - uma bezerra, uma cabra e uma ovelha - e combina com eles dividir por igual o que conseguirem. Terminado o trabalho, o rei da selva pega a primeira parte
da carne e justifica: "Esta é minha, e a razão é que eu me chamo leão. (...) A segunda me cabe ainda por direito: o direito do mais forte. Como o mais valente é que eu reclamo a terceira. A quarta, se algum de vós a tocar, será estrangulado". O "leão" brasileiro ainda não fica com 100% da renda, mas um dia chega lá.
Revista de História da Biblioteca Nacional, Abril de 2008, n. 31, ano 3.
"Escravidão"
Por que a escravidão no Brasil durou quase quatrocentos anos?
Luiz Felipe de Alencastro, professor na Universidade de Paris IV (Sorbonne), RESPONDE
Quando Cabral desembarcou na América do Sul, os portugueses possuíam grande experiência com o sistema escravista. Nas Canárias, na Madeira, e na ilha de São Tomé, o tripé cana de açucar, engenho e escravos negros estava bem rodada. Graças a sua presença nos portos africanos, Portugal será a maior potência negreira e o Brasil o maior importador de escravos do Novo Mundo. Em cada etapa econômica, a importação de africanos foi mais forte no Brasil do que em qualquer outra área das Américas. Entre 1575 e 1625, no pico do açucar, entre 1701 e 1720, quando deslanchou o ouro e entre 1780 e 1810, no período de renascimento agrícola. Só há um ciclo econômico, o grande ciclo do tráfico negreiro que, de 1550 a 1850, deu origem aos subciclos escravistas do açucar, do tabaco, do ouro e do café. O comércio bilateral entre as zonas escravistas e os portos africanos, onde pesavam os interesses brasileiros (sobretudo, em Angola), reforçaram a complementaridade entre o Brasil e a África. A Independência não quebrou esses laços e um dos pulmões da sociedade brasileira continuou fixado na África até 1850. A partir daí, a abolição da escravidão entra em pauta no Parlamento. Entranhada nas instituições, cobrindo o país inteiro (ao contrário do caso dos EUA), a escravidão era consubstancial ao equilibrio político. Quando acabou, levou o Império e o regime parlamentar de roldão.
Revista NOSSA HISTÓRIA - Ano 2 - n. 13 - novembro 2004

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Professor Jorge Luiz Oliveira